TRABALHO VOLUNTÁRIO!

voluntário vem do latim voluntarìu que, de acordo com o dicionário, é a pessoa que se compromete a cumprir determinada tarefa ou função sem ser obrigada e sem obtenção de qualquer benefício material em troca.

Não há remuneração, porém são muitos os ganhos.Tal prática requer a reeducação do olhar e a quebra de diversos paradigmas. Madre Teresa de Calcutá tão sabiamente dizia: “Se você vive julgando os outros, não tem tempo para amá-los”.

O trabalho voluntário coloca todos em posição de igualdade trazendo humildade! Sri Sri Ravi Shankar, líder humanitário nascido na Índia, ensina que "Trabalho Voluntário" é a expressão do amor!

“Sirva da forma que puder. Pergunte-se: “como posso ser útil para as pessoas ao meu redor e para todo o mundo? Então, seu coração começará a florescer e um nível completamente novo se inicia. O melhor trabalho voluntário é ajudar alguém a entender esta eterna natureza da vida”, ilumina Sri Sri Ravi Shankar.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa - A coragem de uma mulher que salvou vidas!





Biografia

Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa (Rio NegroParaná, 5 de dezembro de 1908 – São Paulo3 de março de 2011) foi uma poliglota brasileira que prestou serviços ao Itamaraty, tornando-se a segunda esposa do escritor João Guimarães Rosa.

Aracy também é conhecida por ter seu nome escrito no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto (Yad Vashem), em Israel, por ter ajudado muitos judeus a entrarem ilegalmente no Brasil durante o governo de Getúlio Vargas.

 A homenagem foi prestada em 8 de julho de 1982, ocasião em que também foi homenageado o embaixador Luiz Martins de Souza Dantas. Ela é uma das pessoas homenageadas também no Museu do Holocausto de Washington (EUA).

Paranaense, nasceu em Rio Negro, e ainda criança foi morar com os pais em São Paulo. Em 1930, Aracy casou com o alemão Johan von Teff, com quem teve o filho Eduardo Carvalho Teff, mas cinco anos depois se separou, indo morar com uma irmã de sua mãe na Alemanha. Por falar quatro línguas (português, inglês, francês e alemão), conseguiu uma nomeação no consulado brasileiro em Hamburgo, onde passou a ser chefe da Secção de Passaportes.

No ano de 1938, entrou em vigor, no Brasil, a Circular Secreta 1.127, que restringia a entrada de judeus no país. Aracy ignorou a circular e continuou preparando vistos para judeus, permitindo sua entrada no Brasil. Como despachava com o cônsul geral, ela colocava os vistos entre a papelada para as assinaturas. Para obter a aprovação dos vistos, Aracy simplesmente deixava de pôr neles a letra J, que identificava quem era judeu.

Nessa época, João Guimarães Rosa era cônsul adjunto (ainda não eram casados). Ele soube do que ela fazia e apoiou sua atitude, com o que Aracy intensificou aquele trabalho, livrando muitos judeus da prisão e da morte.

Aracy permaneceu na Alemanha até 1942, quando o governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com aquele país e passou a apoiar os Aliados. Seu retorno ao Brasil, porém, não foi tranquilo. Ela e Guimarães Rosa ficaram quatro meses sob custódia do governo alemão, até serem trocados por diplomatas alemães. Aracy e Guimarães Rosa casaram-se, então, no México, por não haver ainda, no Brasil, o divórcio. O livro de Guimarães Rosa "Grande Sertão: Veredas", de 1956, foi dedicado a Aracy.

Sua biografia inclui também ajuda a compositores e intelectuais durante o regime militar implantado no Brasil em 1964, entre eles Geraldo Vandré, de cuja tia Aracy era amiga.

Aracy enviuvou no ano de 1967 e não se casou novamente. Sofria de Mal de Alzheimer e morreu no dia 3 de março de 2011 em São Paulo, de causas naturais, aos 102 anos.

 

4 comentários:

  1. ANJO! MULHER DE FORÇA E DECIDIDA!
    EU FIQUEI ADMIRADA!

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  2. Simplismente emocionante....ainda estou sem palavras, digerindo toda essa informação. Feliz pela existencia dessa mulher, triste pela certeza que muito pouco (ou nada) irá mudar em nosso pais em relação as pessoas que realmente importam e trazem bons exemplos.
    Infelizmente o povo aprendeu a não se importar com feitos como esse, a não querer saber, a não querer aprender...a manipulação da informação impede a evolução positiva. Todo mundo esquece que de uma maneira ou outra, somos inspirados constantemente. Essas inspirações mudam nossos dias, nosso ser...o bom, gera o melhor...o inverso também ocorre...
    Vamos olhar para o que relamente vale a pena...essa história valeu a pena...Estou emocionada.

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  3. Uma alma tão boa não poderia acabar assim... Não creio na teoria espírita e não tenho qualquer religião atualmente, sendo para mim essencial apenas a noção de bem comum e o quanto isso é vital e integrador até mesmo a Natureza.

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    1. Alfeu Vieira da Rocha5 de agosto de 2014 às 23:00

      O que diz a doutrina espírita?

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O homem de bem,crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua existência. Haure, na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres da caridade, de devotamento e abnegação. Enfim, com a fé não há maus pendores que não se chegue a vencer.
(ALLAN KARDEC)